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09
Set 12

A Democracia surgiu na Antiguidade Clássica em Atenas, na Grécia onde o governo era realmente exercido pelo povo, que fazia reuniões em praça pública para tratar de vários assuntos e problemas, era a chamada Democracia Direta. Neste tipo de democracia, as decisões são tomadas em assembleias públicas.

Com o crescimento das populações, as reuniões em praça pública ficaram impossíveis de acontecer, surgiu, então um novo tipo de Democracia, a Democracia Representativa, onde o povo se reúne e escolhe por meio do voto os representantes que irão tomar decisões em seu nome.


A democracia representativa tem ao longo das últimas décadas demonstrado que não serve os interesses, os anseios, a determinação de um povo. Os governantes são eleitos democraticamente com base nos projetos apresentados em campanha eleitoral, mas depressa parecem esquecer-se das promessas que fazem. Com a tomada de posse parece que os governantes mudam de personalidade, deixam de acreditar no que defenderam enquanto partidos da oposição e seguem um caminho por vezes completamente oposto aquele que defenderam em campanha eleitoral.
Na democracia representativa os eleitos, como representantes da vontade do povo, tem que fazer valer a vontade do povo que o elegeu, mas isso não tem acontecido, mandato após mandato, partido após partido, mais á esquerda ou mais é direita, os governantes vão tomando as suas decisões com base em pressões dos poderosos grupos económicos subjugando o povo aos interesses destes grupos.


O que temos são governantes eleitos democraticamente pelo povo, que governam a interesse dos grupos económicos. Fazem investimentos descabidos em nome do progresso enquanto podem e quando o povo começa a levantar questões sobre a sua competência saem apressadamente do poder que lhes foi confiado deixando o lugar para um novo governo que rapidamente entrará no mesmo caminho do anterior.


Temos visto que esta elite de governantes é intocável, nunca é responsabilizada pelos seus atos. Afinal foi o povo que lhes concedeu o poder democraticamente. Uma vez ou outra são levantadas suspeitas que rapidamente desaparecem quer por falta de provas quer pelo afastamento do visado.


Viveríamos num país melhor se, aqueles a quem é confiada a responsabilidade de governar fossem apartidários. Cidadãos escolhidos aleatoriamente entre a população sem registo criminal, de vários estratos sociais, credos e idades que deliberassem segundo a vontade do povo.
O estado do Estado tem-se mostrado muito preocupante. É muito claro que o Estado tem uma estrutura muito pesada aos ombros da população contributiva. Foram feitas obras gigantescas talvez para alimentar empresas a quem os políticos devem favores eleitorais, para fazer essas obras foram feitos pedidos de empréstimos que não somos capazes de suportar. Prestações sociais pagas a qualquer pessoa que se manifestasse sem vontade de trabalhar e cargas pesadas de impostos para os trabalhadores e empresas que se esforçam para criar riqueza.


Da mesma forma que uma família ou uma empresa não pode ter mais despesas que receitas também o Estado não pode, no entanto foram-se fechando os olhos ao longo de décadas até se atingir uma situação incomportável.


Como forma de corrigir o défice tem sido feito uma forte a aposta nas privatizações, que não é mais do que uma forma de nos colocar mais uma vez nas mãos dos grupos económicos. Existem sectores que tem que ficar nas mãos do Estado como é o caso da Agua, telecomunicações, combustíveis e transportes. Estes setores são fundamentais para o controle da economia, são reguladores do bom funcionamento da sociedade. Mas ainda assim estas empresas devem ter limites. Nos últimos anos temos visto algumas empresas publicas a sub carregar os consumidores com aumentos mas a apresentarem lucros brutais.
Mais uma vez isto não pode ser aceitável. Uma empresa pública, que presta um serviço público mas explora os consumidores! Estas empresas tem que ter uma margem de lucro mínima para assegurar o seu bom funcionamento e procurar reduzir as suas tarifas ao consumidor. Isso também é serviço público.

Como forma de reduzir a diferença entre as despesas e as receitas tem-se efetuado constantes subidas de impostos e contribuições.

Não é o povo que tem que se adaptar aos gastos do Estado mas o Estado que tem que se adaptar aos rendimentos obtidos através dos impostos e contribuições dos contribuintes. O Estado impõe e os contribuintes indefesos vão contribuindo até á asfixia sem poderem fazer exigências.


Os governos que temos tido têm colocado em lume brando, e vão aquecendo, aquecendo, testando os nossos limites. Esse limite está a chegar, e quando chegar vamos ter novamente pessoas nas ruas a abolirem aquilo que nos “impuseram” como sendo uma democracia.
Um povo que não vê a sua vontade expressa no parlamento não vive em democracia.
Uma democracia representativa (aleatória) seria mais verdadeira uma vez que os representantes do povo teriam uma noção verdadeira da realidade, não seriam necessários partidos políticos e as suas ideologias confusas pois vêem-se deputados a votar não de acordo com a sua vontade mas de acordo com a vontade do partido que representam. Acabam-se os financiamentos partidários, os gastos com eleições, os lobbies os tachos.
Não seria um governo perfeito mas nos corredores da assembleia iria ouvir-se a mais pura vontade do povo.

publicado por Paulo da Silva às 14:00
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